Aí eu vi que o Nome do Misericordioso nasceu no signo da solicitude. Ele transformou aquele mundo cheio de dor num mundo alegre, iluminando-o de uma maneira tão linda e simpática que minhas lágrimas que caiam por causa de dor, pena e tristeza começaram a ser lágrimas de alegria e gratidão pelos prazeres sentidos.
Depois, o mundo dos homens apareceu para mim como uma tela de cinema. Olhei para ele com o telescópio das pessoas desencaminhadas. Eu vi aquele mundo tão aterrorizante, tão escuro que gritei, do fundo do meu coração: “Ai de mim!”. Pois os homens estavam vivendo uma vida extremamente curta e problemática, todos os dias e todas as horas das suas vidas sentindo medo da morte que vem, apesar de seus desejos e suas esperanças se estenderem para a eternidade, de suas imaginações e seus pensamentos abrangerem todo o universo, de suas aspirações e disposições naturais desejarem vida eterna, felicidade perpétua e Paraíso da maneira mais séria, de seus poderes naturais que são ilimitados e desimpedidos, de suas necessidades direcionadas para inúmeros propósitos e de seus incontáveis inimigos e desastres a cujos ataques eles estão sempre expostos. Além disso, eles estavam sofrendo a constante infelicidade de declínio e separação, que é a desgraça mais dolorosa e horrenda para seus corações e suas consciências, olhando para o túmulo e o cemitério que são, para as pessoas negligentes, o portal da eterna escuridão. Eu vi todos os homens, individuais e em grupos, jogados naquela fossa de tormentos.
Aí, assim que eu vi o mundo dos homens com todos estes tormentos, quando todas as minhas capacidades humanas, minha mente, meu coração e minha alma e talvez até todas as células do meu corpo estavam prontos para gritar e chorar, de repente a luz e poder da fé que vem do Alcorão quebrou aqueles óculos de negligência e me deu uma luz. Eu vi:
(128) Neste contexto, com a expressão “nascendo no sinal de” entende-se significando. – Nota do autor.